Doutrina do Homem ou Antropologia
A Bíblia ensina a doutrina da criação especial de Deus, isto significa que Deus fez cada criatura “segundo a sua espécie”. Ela ainda revela um duplo relato da origem do homem, uma Genesis 1.26-27 e outro em Genesis 2.7, porém ambas demonstram harmonia entre si. Chegando-se às seguintes conclusões:
Há teorias contrárias ao ensinamento bíblico. Entre estas teorias temos:
A teoria da evolução ateísta afirma que, bilhões de anos atrás, substâncias químicas existentes no mar, influenciadas pelo Sol e pela energia cósmica, se uniram por obra do acaso e dando origem a organismos unicelulares. Desde então, vêm se desenvolvendo por intermédio de mutações benéficas e de seleção natural, formando todas as plantas, animais e pessoas.
Conforme o criacionismo, o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus.
Imagem: (no Hebraico = Tselem; no Grego = Eikon; no Latim = Imago) significa: molde, modelo, representação. Uma representação formada, concreta.
Semelhança: (no Hebraico = Damuth; no Grego = Homoiosis; no Latim = Similitudo) significa: similitude, semelhança. Uma similaridade abstrata, imaterial, ideal.
A imagem se perdeu com a queda em pecado e agora privada da justiça original, está inclinada para todo o mal e sujeita à condenação. Gn 1.27; 2.7; 3.1-16; Sl 51.5-12; Rm 5.12; Sl 143.3; Is 64.6. A semelhança foi dada com o objetivo de glorificar (At 17.26-29, 1 Jo 1.3, 6, 7), amar, conhecer, estar em comunhão com seu Criador e cumprir a vontade divina” (Jr 9.23-24, Mq 6.8, Mt 6.33, Jo 14.23, Rm 8.38-39 e também deu ao homem liberdade (de escolha, de pensamento, de vontade…).
Ao escolher pecar, o homem perdeu a imagem de Deus.
Sem o homem não há sentido na doutrina da salvação – O ensino bíblico sobre o homem não é pessimista, mas realista: mostra que o homem, apesar dos muitos progressos, não progride espiritualmente – precisa do Salvador!
Deus criou o homem e deu-lhe liberdade, inclusive para aceitar ou recusar o bem ou o mal. O homem não foi criado como um robô, mas sujeito a errar, a pecar, dependendo de sua escolha.
Dessa forma podemos mencionar cinco passos dado pelo homem para a queda, conforme Genesis 3.6 e 2.17:
Como consequência da queda temos, entre outras:
Conclusão
A criação do homem foi um dos momentos mais importantes da criação. Entretanto o homem preferiu desobedecer à ordem de Deus e a consequência espalhou-se para toda a humanidade nascida a partir de então.
Doutrina do Pecado ou Hamartiologia
Hamartiologia ou a Doutrina do Pecado, recebeu este nome científico devido a palavra grega para pecado, “hamartia”. Assim, a Hamartiologia segue naturalmente a Doutrina de Deus e a doutrina do homem. Deus, homem, pecado – é a ordem lógica para o estudo teológico, pois as duas primeiras doutrinas são o alicerce para a terceira. Essa progressão de pensamento está presente nos temas dos três primeiros capítulos da Bíblia. Gênesis 1 fala sobre Deus, o Criador; Gênesis 2 descreve a formação do homem e Gênesis 3 relata a origem do pecado.
Assim é que, a Teologia revela Deus como Criador, enquanto que a Antropologia revela o homem como criatura de Deus e a Hamartiologia mostra a raça humana se revoltando contra o Deus único e verdadeiro, rompendo a relação entre criatura e Criador, homem e Deus.
É a transgressão de preceitos, falta, culpa, maldade, crueldade, violação da Lei de Deus.
Pecado é:
1. Rebelião – Rm 1.18-22.
2. Impureza (ausência de santidade) Gn 6.5, Gn 4.
3. É uma atitude de incredulidade– Jo 16.8-9, 6.36, I Jo 5.10-12.
O pecado é algo cometido contra Deus; a qualidade perversa e iníqua do pecado é revelada contra o pano de fundo da Santidade de Deus.
É preferível definir o pecado como algo cometido contra Deus. A melhor definição do pecado é a encontrada em 1 João 3.4: “O pecado é iniquidade”. Seja o que mais o pecado for, ele é, no seu âmago, uma violação da lei de Deus. E, já que “toda a iniqüidade [gr. adikia, literalmente “injustiça”] é pecado” (1 Jo 5.17), toda injustiça quebra a lei de Deus. Por isso, Davi confessa: “Contra ti, contra ti somente pequei” (Sl 51.4; cf. Lc 15. 18,2 1). Além disso, a transgressão provoca a separação entre a pessoa e o Deus da vida e da santidade, que necessariamente resulta na corrupção (inclusive a morte) da natureza humana finita e dependente. Logo, essa definição do pecado é bíblica, exata, e abrange todos os tipos de pecado; explica os efeitos do pecado sobre a natureza; e tem Deus (e não a humanidade) como ponto de referência. Isto é, reconhecemos a verdadeira natureza do pecado ao observarmos seu contraste com Deus, e não por meio de comparar seus efeitos entre os seres humanos.
Há também a ideia do pecado como uma violação da lei. O grupo de palavras hebraicas representado por chatta‟th ( “errar o alvo” Jz 20.16; Pv 19.2). Essa idéia de alvo – ou padrão objetivo – permite a referência aos pecados deliberados (Êx 10.17; Dt 9.18; Sl 25.7), a uma realidade externa do pecado (Gn 4.7), a um padrão sistemático do pecado (Gn 18.20; 1Rs 8.36), aos erros (Lv 4.2) e às ofertas exigidas por causa dos pecados (Lv 4.8).
Outra definição pode se verificar na utilização da palavra ‘Awon (“iniqüidade”), proveniente da idéia de ser “torto” ou “pervertido”, refere-se a pecados graves e muitas vezes forma um paralelo com chatta’th (Is 43.24). O verbo ‘avar fala em ir além de uma fronteira e, portanto (metaforicamente), da transgressão (Nm 14.41; Dt 17.2). Resha’ pode referir-se a coisa errada (Pv 11.10) ou à injustiça (Pv 28.3,4).
Um grupo de palavras gregas representado por hamartia é usado para o conceito genérico de pecado no Novo Testamento e sugere “errar o alvo” (assim como em chatta‟th), e é um termo amplo, originalmente sem conotação moral. No Novo Testamento, porém, referese a pecados específicos (Mc 1.5; At 2.38; Gl 1.4; Hb 10.12) e ao pecado como uma força (Rm 6.6,12; Hb 12.1).
Anomia (gr. nomos, “lei”, mais o prefixo negativo a – “sem lei”, “ilegalidade”, “iniqüidade”) e seus termos correlatos representam provavelmente a linguagem mais contundente para o pecado. O adjetivo e o advérbio talvez se refiram àqueles que não têm a Torá (Rm 2.12; 1 Co 9.21), mas a palavra usualmente identifica qualquer pessoa que violou alguma lei divina (Mt 7.23; 1 Jo 3.4). E, também, injustiça” de 2 Tessalonicenses 2.7-12. Outro termo para o pecado, adikia, é mais literalmente traduzido por “ilegalidade” (mais comumente “iniquidade”, em nossas Bíblias) e varia desde um mero engano até violações grosseiras da lei. É grande injustiça (2Pe 2.13-15) e contrasta-se com a justiça (Rm 6.13). Parabasis (“passar além”, “transgressão”) e seus derivados indicam o violar um padrão. A palavra descreve a Queda (Rm 5.14; cf I Tm 2.14), a transgressão da lei como pecado (Tg 2.9,11) e a perda do apostolado de Judas (At 1.25). Asebeia (“impiedade” – o prefixo negativo a com sebomai [“reverenciar”, “adorar” etc.]), sugere uma insensibilidade espiritual que resulta em pecado grosseiro (Jd 4) e grande condenação (1 Pe 4.18; 2 Pe 2.5;3.7).
a) Deixar de fazer o que a lei manda é pecado tanto quanto fazer o que ela proíbe. (Tg 4.17).
b) Falhar em um ponto é ser culpado do todo (Gl 3.10; Tg 2.10).
c) Ignorância de uma lei não desculpa o homem.